"Sejamos realistas. A geração que hoje vive
Dirijo-me especificamente ás pessoas da minha faixa etária (dos 20 aos 30), nascemos em liberdade, ou pelo menos, temos essa ilusão. O que é que fazemos com ela? Compramos uma Playstation e achamos isso divertido. Ouvimos música insípida e banal e achamos divertido, ao ponto de abanarmos as ancas. Vimos uns filmes do Michael Moore e chamamo-nos revoltados e conscientes. Tirámos, ou estamos a tirar, cursos universitários e achamo-nos úteis. Vamos trabalhar para trás de balcões em lojas de roupa da moda e acabámos frustrados. È este o triste destino dos filhos da revolução. E nós que íamos ser todos artistas…
Infelizmente o tempo das revoluções colectiva acabou. Nenhum motivo parece suficiente válido para juntar pessoas e gritar e lutar contra alguma coisa. Isto porque já temos tudo. Estas manifestações públicas que se vão fazendo hoje em dia, parecem-nos (pelo menos a mim) exercícios puramente vazios. Manifestar por manifestar. Lutar por lutar. Não lutar por alguma coisa mas sim lutar simplesmente porque nos pareceu que o devíamos fazer. Acabaram-se as ideologias. Acabaram-se as convicções. Existe esse tudo que é nada: o centro, mais á direita ou mais a esquerda, não interessa.
Eu acredito, mais uma vez por uma questão de fé, que a próxima grande revolução será uma revolução individual. Ela já está a acontecer. Não sei se está no caminho certo mas ela está a acontecer… Os “jovens” de hoje fecham-se em casa a “teclar” com o computador… vivem “alienados” do resto do mundo. Cada vez mais “solitários”. Pode ser que algum dia, no meio da “solidão”, comecem a pensar…tomem consciência “de si próprios”. Que podem fazer “coisas”…"
texto extraído de in" Dormitório nº0"
Podem começar a fazer “coisas”…a “pensar” em “coisas”…
1 comentários:
Ninguem tem perfeita consciencia do que é liberdade até a perder... e mesmo quem no passado a perdeu, hoje ja esta demasiado longe desse tempo para conseguir lembrar-se do seu verdadeiro valor.
Como quem perde alguem que Ama e quando tem uma ultima oportunidade destroi a novamente... por vezes a humanidade é assim, destrutiva, para si mesma e para os outros...
Bjinhos **
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